quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bençãos Indistintas


Amados Irmãos,

Como filhos do mesmo Pai Celeste tenhamos a certeza de que a isonomia, a igualdade alardeada aos quatro ventos, que fez ruir os sistemas sectaristas do escravagismo e do nazismo enquanto políticas institucionais legítimas. É ainda corolário do amor de Deus por nós. Independente das características fenotípicas ou genotípicas que possamos vir a apresentar, as bençãos que nosso Amado e Misericordioso Deus derrama sobre nós, não é exclusiva àqueles que professam quaisquer das crenças que se intitulam salvadoras.

Diariamente temos visto que, as vicissitudes, assim como as bençãos, são facultadas à todos os seres humanos. A humanidade em marcha tem demonstrado que as lições do inefável mestre Jesus, tendo sido pouco praticadas e apesar de mais vigentes e atuais do que nunca, tem encontrado pouca o nenhuma ressonância nos corações.

Em decorrência disto ainda presenciamos muitas atitudes dissonantes da mensagem cristã. Quantos ainda se arvoram em juízes do semelhante, condenando e apontando, recriminando e aviltando a consciência do próximo, esquecendo-se que deseja para si a mesma indulgência que o Cristo usou para conosco quando disse: Perdoa-lhes Pai... eles não sabem o que fazem...

As bençãos do inefável mestre foram e sempre serão espargidas sobre toda a humanidade em marcha, em forma de dores e alegrias, cicatrizes e afagos por que somos chamados da maneira que mais nos apetece à desenvolver o trabalho na Seara Bendita do Cristo.

Todos os Avatares que desceram à todas as partes da Terra, todos os livros sagrados de todas as religiões, enfim, todos os instrumentos do amor Deus utilizados em auxílio da humanidade por acréscimo da Misericórdia Divina, guardam similitude de preceitos insculpidos na Doutrina do Cristo de Deus, ou seja, o amor puro, desmedido, indistinto por todos e entre todos. Amemo-nos, pois foi isso que o Cristo nos legou... Exemplo de amor incondicional. Independente da crença que professemos, amemo-nos.

A Paz seja conosco.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Olhar indulgente


Em tempos tão atrozes, em que se contempla falta de segurança, grandes catástrofes, tantos dependentes de narcóticos, tantos moradores de rua, enfim tantas vicissitudes, se faz necessário treinarmos mais o nosso olhar do coração.

Tem sido cada vez mais frequentes as mobilizações ante os grandes cataclismas que vem se sucedendo. As inundações em Santa Catarina, no Maranhão, inundações e deslizamentos no Rio de Janeiro... tudo isso em se tratando de Brasil. No cenário internacional tivemos furacões em New Orleans, terremoto no Haiti, tsunami na Tailândia... eventos que causaram comoção generalizada, movimentando auxílio em prol dos herdeiros destas grandes aflições.

Esses momentos já eram aguardados como fruto das grandes devastações promovidas em nome do avanço tecnológico e econômico e que acabaram por lesar terrivelmente o seio da Terra, o que legou um incontornável quadro de desequilíbrio que vem se manifestando cada vez mais severamente.

E como nada passa desapercebido do olhar do nosso Pai Misericordioso, por mais que o evento danoso tome as proporções de uma enorme desgraça, há sempre a oportunidade do despertamento dos nossos corações para auxiliar o nosso próximo, um verdadeiro convite à beneficência, à caridade pura e desinteressada, como forma de realizar o trânsito do amor para dentro dos nossos corações.

Deus em sua infinita sabedoria, utiliza até mesmo os frutos de nossos desregramentos para nos auxiliar a desenvolver o amor divinal, o mesmo amor que o Mestre Jesus nos deu testemunho, o mesmo amor que ele espera que nós desenvolvamos e distribuamos entre nós como exercício diário e contínuo.

Entretanto, agir de maneira amorosa quando somos compelidos pela grande comoção pública, é nada mais do que nossa obrigação moral frente aos recursos dos quais dispomos. É um tanto mais simples dispor de algum montante em pecúnia como donativo pra uma campanha social... mais ainda quando sequer precisamos nos deslocar para efetivarmos a nossa beneficência. Há campanhas em que podemos participar simplesmente pelo teclado do nosso telefone ou do nosso computador... e isso já é alguma coisa, visto que não estamos insensíveis à fragilidade do próximo.

Mas é preciso que treinemos mais o nosso olhar. Todos os dias, ao sair de casa, ao cruzar o primeiro semáforo, está lá, ostensiva e explicitamente exposto, um coração fragilizado clamando por ajuda. Quantos não há que ao pedir esmolas, emitem o texto velado em seus gestos: Olha por mim, olha pra mim? Isso quando falamos do explícito, quando tratamos das crianças que ocupam os sinais, esses órfãos da sociedade; quando tratamos dos moradores de rua; quando tratamos dos narcodependentes...

A estes, quando nos parece impossível ajudar de maneira material, ainda nos resta ao menos a possibilidade de oferecer uma prece do imo do nosso coração, lembrando-os com o carinho que se dirige a um irmão rogando que os céus iluminem aquele coração com muita resignação e obediência... E não há somente isso que se possa fazer! Como cidadãos, nossa cidadania e responsabilidade se estendem ao cumprimento das leis, ao cumprimento dos tributos, ao cultivo dos valores morais e isso inclui efetivamente exercitar nosso poder de fiscalização, vigiar nossa conduta para não incidir em ilegalidade... Segundo a Constituição do Brasil, todos somos responsáveis por guardar e preservar os direitos dos idosos, das crianças, dos portadores de necessidades especiais, ou seja, todos os hipossuficientes.

Mas há ainda aqueles que necessitam de nossa caridade, de nossa beneficência, cuja necessidade vem dissimulada em uma palavra ríspida, um gesto rude, um olhar arrogante... todos estes são caracteres de um coração assolado por dores, sejam estas materiais ou morais, que confrangem um coração endurecido e que deveriam estimular um olhar diferente.

Esse olhar ao qual nos referimos é denominado Indulgência.

Indulgência foi a virtude recomendada por Jesus na passagem da mulher adúltera, que estava prestes a ser lapidada por fariseus quando os mesmos indagaram ao Mestre Amado, o que era lícito se fizesse com ela. Ele placidamente respondeu aos seus irmão que ainda se portavam equivocadamente: - Aquele que está sem pecados, atire a primeira pedra. A sublime exortação teve o condão de reportar os acusadores à condição de acusados. Instados a se colocar no lugar da mulher adúltera, todos desistiram de apedrejá-la pois perceberam que também tinham condutas inapropriadas.

O exercício da indulgência é exatamente colocar-se no lugar do próximo e perceber qual a conduta que desejaríamos que fosse adotada em relação a nós mesmos. Esse exercício é amplamente conhecido em adágio popular, não fazer ao outro o que não queremos que nos façam, e é conhecido como Regra de Ouro.

Embora a indulgência seja uma virtude que impulsiona à excelência na Caridade, nós não a praticamos com a disciplina que deveríamos... É que somos essencialmente movidos pelo esgoismo, sentimento que cultivamos sem esforço e que nos compele a pensar e agir apenas em função de nós mesmos. Assim, ocupando-nos apenas com as nossas preocupações, que tempos reservamos e dedicamos ao nosso próximo.

É Jesus quem nos adverte: "Aqueles que carregam os seus fardos e assistem seus irmãos são os meus bem amados.

Exercitemos esse olhar indulgente na família, no trabalho, nos esportes, sozinho em pensamento... Quandos dirigirem uma ofensa, tentemos retribuir com um gesto terno de compreensão; silenciemos e dirijamos uma prece amorosa pautada na compreensão de quem ao se colocar no lugar inverso percebe que nas mesmas circunstâncias poderia agir de maneira mais desajuizada, e gostarira de receber ao seu turno o mesmo carinho e compreensão. Tentemos viver e execritar a conduta do Cristo de Deus.

A Paz seja conosco.

Editorial de Abertura



Amados Irmãos,


Este é o esforço inicial de quem deseja contribuir, ainda que de forma irrisória, para com os trabalhos na Vinha do Senhor, trabalhos nos quais jornadeamos rumo ao adiantamento moral proporcionado pela vida, através das provas diárias e das doridas expiações.


Certo é que também há momentos felizes, mimos do nosso misericordioso Pai, para que encontremos algum refrigério nesta peregrinação material, e o mais sublime deles ocorreu há pouco mais de 2.000 anos, quando do trânsito do nosso amado mestre Jesus, neste orbe. Nesta ocasião, o Cristo de Deus nos legou através do exemplo e da inspiração, o memento para a nossa reforma íntima, para que renegássemos ao aviltamento do espírito provocado pelo arrastamento das paxões inferiores.


E é assim, exercitando e ponderando o sublime Código de Amor, que nos adveio por intermédio da conduta do Cristo de Deus, tecendo uma percepção crítica das oportunidades que a vida na carne nos faculta e usando como fomento as nossas vicissitudes diuturnas, que pretendemos aprimorar nossos sentimentos e nossa moral.


A Paz seja Conosco.